domingo, 19 de setembro de 2010

SE NÃO HOUVER AMANHÃ


"Diante dos meus olhos interiores, imagino o encontro com a pessoa mais querida.
Olho para ela, sustento seu olhar em silêncio.
Esse olhar já diz tudo. Nele está o amor. Por ele flui algo entre nós.
Nele há consentimento, gratidão, maravilhamento em relação ao mistério do amor que nos une.
Ao nos olharmos nos tornamos um.
É pura presença.
Sei que nossa amizade não será destruída pela morte - durará além da morte, até a eternidade.
Nesse encontro na presença da morte, percebo o mistério dessa amizade,
o mistério do amor que é mais forte que o fim,
o amor para o qual não existe a fronteira da morte".

(Alselm Grün. Se não houver amanhã.)