domingo, 30 de maio de 2010

O AMOR NÃO MORRE

O amor não morre. Ele se cansa muitas vezes. Ele se refugia em algum recanto da alma tentando se esconder do tédio que mata os relacionamentos.

Não é preciso confundir fadiga com desamor. O amor ama. Quem ama, ama sempre. O que desaparece é a musicalidade do sentimento. A causa? O cotidiano, o fazer as mesmas coisas, o fato de não haver mais mistérios, de não haver mais como surpreender o outro. São as mesmices: mesmos carinhos, mesmas palavras, mesmas horas.. o outro já sabe!

Falta magia. Falta o inesperado.

O fato de não se ter mais nada a conquistar mostra o fim do caminho. Nada mais a fazer. Muitas pessoas se acomodam e tentam se concentrar em outras coisas, atividades que muitas vezes não têm nada a ver com relacionamentos. Outras procuram aventuras. Elas querem, a todo custo, se redescobrir vivas; querem reencontrar o que julgam perdido: o prazer da paixão, o susto do coração batendo apressado diante de alguém, o sono perdido em sonhos intermináveis e desejos infindos.

Não é possível uma vida sem amor. Ou com amor adormecido.

Se você ama alguém, desperte o amor que dorme! Vez ou outra, faça algo extraordinário. Faça loucuras, compre flores, ofereça um jantar, ponha um novo perfume...

Não permita que o amor durma enquanto você está acordado sem saber o que fazer da vida. Reconquiste! Acredite: reconquistar é uma tarefa muito mais árdua do que conquistar, pois vai exigir um esforço muito maior. Mas... sabe de uma coisa? Vale a pena! Vale muito a pena!

Letícia Thompson

OS SONHOS TAMBÉM ENVELHECEM


Os sonhos! Esses companheiros que movem a vida, que vêm de mãos dadas à existência!
Sonhos que se realizam, sonhos possíveis, impossíveis sonhos, fáceis e difíceis, alavanca de cada dia. Sonhos dormidos, sonhos bem acordados.
Li em algum lugar que os " sonhos são os primeiros passos para as realizações". Verdade, porque se realiza o que se pensa, se pensa o que se sonha. Engatinhamos em pensamento, damos os primeiros passos, andamos rumo à vitória, pelo menos deveria ser assim.
Estava pensando que os sonhos, assim como tudo, ficam velhos. Feio isso, não é?
Sonhos velhos, velhos sonhos, que se cansaram de sonhar, que enrugaram a cara, a esperança, a vontade.
Pergunto-me se os sonhos ficam velhos ou se erramos nas projeções de realização.
Seguimos com tantos sonhos e, vejo que alguns passam do sonho ao desafio a si mesmo.
Muitas vezes, quando se chega ao pé do sonho, quando o temos nas mãos, não é mais importante, apenas vencemos um desafio, não alcançamos o sonho bonito, digladiamos com a força de fazer, quer se queira ainda ou não.
A dialética da vida, essa pressa de mudar tudo, faz as óticas mudarem também. Muitas vezes não percebemos e continuamos a trilhar na mesma estrada, como se as árvores que a enfeitam não fossem outras , a medida que se evolui...Como se o tempo não passasse pela metamorfose de dia e noite, de chuva e sol. Continuamos as mesmas velhas pessoas, com os mesmos sonhos. Os sonhos também envelhecem, mas podem passar pela plástica da visão ampla e serem novos, novos sonhos , com cara de menino, com cara de vida, na nossa cara de vencedor...
Importante se faz, tirar o véu que cobre a jovialidade do sonho, identificar sua velhice , vê-lo deitado e cansado de ser sonhado, interromper o desafio, fazer renascer, melhor, moderno e possível...
(Jane Lagares)

sábado, 29 de maio de 2010

HORAS


E as horas lá se vão, loucas ou tristes,
mas é tão bom, em meio às horas todas,
pensar em ti ... saber que tu existes!
(Mário Quintana)

COISA DE FORMIGA


Maria Ana Maioli
Em um dia de outono, sentei-me diante de meu jardim e fiquei a observar as folhas mortas que caem com o balançar do vento. Até na natureza Deus dá chegadas e partidas, oportunidades de idas e vindas.
Folhas mortas...Enquanto foram vidas em folhas, quanto se enroscaram umas nas outras no balançar do vento. Quantas derrubadas antes do tempo da mão que poda, que as retira de seu habitat natural, ou quanto enfrentaram sol, tempestade, vento agarradas em seus galhos.
Apenas folhas...Folhas com destino, afinal tudo é vida. Verdes a princípio, amareladas, e com o tempo caídas... Adubo de novas e outras verdes vidas. E sentado diante do jardim continuo a observar, deparando com uma trilha de formigas que passam diante de mim. Uma fila destes minúsculos insetos vem colaborando com sua comunidade, em busca de suprimentos aguardando o inverno que está a chegar. Trabalham arduamente, somam para depois dividir respeitando a lei da sobrevivência. Todas as formigas carregam pequenas folhas seguindo para o mesmo endereço. Noto que uma delas tem um enorme fardo, maior do que pode carregar, um pouco anda e um pouco pára, tentando conseguir forças para prosseguir.
Porém uma de suas companheiras sem carga nas costas nota o imenso esforço, e vindo do final da fila coloca-se a andar rapidamente, e vem socorrer sua exausta semelhante. Seria intuição? Inteligência, para tão pequenino inseto? Onde teria aprendido a solidariedade? Esta coloca-se ao lado da companheira e juntas dividem o peso caminhando no mesmo compasso lado a lado, e eu ali diante de meus olhos vendo esta cena acontecer, logo penso o quanto tenho que crescer. Sou menor que estes pequenos insetos sem cérebro, sem coração, sem emoção.
Seguem as duas até o local do depósito e entram no ninho e somem diante de meus olhos. Acompanho o restante da longa fila que vem atrás, e me levanto. Olho para o céu e me pergunto:- Quem somos nós? Tantos mestres, tantos gurus, e ainda nem sabemos repartir, nem dividir o peso da vida com um desconhecido. Muitas vezes nem ao menos com aqueles que nos dão "Bom Dia" todos os dias, que dormem no mesmo teto e temos como companhia. Encontrei sabedoria, solidariedade, harmonia, lição de vida em um pequeno jardim. Olho para o radiante sol e reflito: Folhas mortas...formigueiro...
Nunca ouvi o gemido das folhas caindo quando chegam ao seu fim. Nunca ouvi o lamento das formigas trabalhando horas a fio, caminhando longos trechos, desviando de vários obstáculos. Abaixo de nossas pés se esconde uma enorme e grande sabedoria.
Aprendi que de vez em quando devo me abaixar e observar, antes de olhar para o alto e clamar.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O SEU VALOR


Paulo Roberto Gaefke
"Não dá para ver o caminho com os olhos cheios de lágrimas.
nem para enxergar o futuro, preso no passado."


A depressão, a angústia, o medo e a incerteza,
são fugas de nós mesmos, do nosso desamor.
Quem se ama, se redescobre todos os dias.
Está sempre buscando, sempre encontrando,
não carrega mágoas permanentes,
não se deixa levar pela emoção do agora,
prefere a serenidade do tempo,
que tudo responde, tudo resolve.

Não fuja de você, não se furte!
Ao olhar no espelho descubra-se!
Há uma imensidão de oportunidades no dia,
há pelo menos 10 bilhões de pessoas no mundo,
10 bilhões de oportunidades, de encontros,
de união, esperança, recomeço e possibilidades.

O que você vai fazer a mais por você neste dia?

Pergunte-se, questione-se e realize.
Ame-se profundamente, tenha orgulho de você,
não espere ninguém dizer o quanto você vale,
a sua etiqueta de preço alto, deve estar estampada
no alto da sua cabeça, para que todos saibam;
que você merece respeito, pois se respeita,
e está aqui, pronto para ser feliz,
e se é a própria vida quem diz,
quem vai duvidar?
É tempo de se abraçar, se respeitar, se aceitar e se amar.

AMIGO

http://ojuararidan.files.wordpress.com/2010/01/amizade.png?w=247&h=307

É preciso ter um amigo.
Um amigo que chore pela

gente e que ria também.
Um amigo que seja

sincero, sinceridade é tudo. Um amigo que respeite
e se faça respeitado.
Um amigo firme, que acredite

em si mesmo antes de qualquer coisa.
Um amigo que

esteja às vezes certo e às vezes errado. Um
amigo que goste, goste verdadeiramente.
Um amigo que confie e desconfie.
Um amigo que

saiba a hora certa de ferir e entenda por que
foi ferido.
Um amigo que sinta nossa dor e que

nos console.
Um amigo que sinta a nossa felicidade

e faça parte dela.
Um amigo que compreenda e

que seja compreendido.
Um amigo que seja o que

ele é, sem máscaras e sem capas. Não há necessidade
de ser excelente, e sim de ser verdadeiro.
Um amigo de idéias puras e às vezes maliciosas.
Um amigo que nos deseje o bem sem olhar o
que fazemos. Um amigo que goste simplesmente,
sem nenhuma intenção. Este amigo todo o
mundo procura, Mas somente algumas pessoas
sabem que ele existe. Ele é um pedaço
da gente. Talvez seja VOCÊ.
(AD)
"O único prêmio da Virtude é a própria Virtude,
a única maneira de se ter um Amigo é sê-lo."

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ADEUS


Não penso no adeus de forma normal.
Penso no adeus de forma cotidiana e depressiva.
Penso no adeus momentâneo,
O adeus que não deu tempo.
Penso no adeus de muitos
E no adeus contido que não se pôde dar.
Penso no adeus exaustivo,
No adeus cansativo,
No adeus encharcado de lágrimas.
Penso no adeus chocado,
No adeus calado,
No adeus molhado de quem esperava retornar.
Penso no adeus que não se foi,
No adeus que não volta,
No instante do adeus.
Penso naquele adeus semicerrado,
Abusado, despreparado para se dar.
Penso no adeus a todo custo,
No adeus de todo mundo,
No adeus que parte mudo.
No adeus que acaba tudo.
Germana Facundo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

SEGUNDO TEMPO


"Cuidado com a urgência de largar tudo.
A chave para um bem sucedido segundo tempo
não consiste na troca de trabalho, mas na mudança de coração."

Bob Buford

quarta-feira, 19 de maio de 2010

HÁ UM TEMPO ...

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas
que já tem a forma dos nossos corpos e esquecer os nossos caminhos,
que sempre levam aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia e se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos."
(Fernando Pessoa)

terça-feira, 18 de maio de 2010

CARPE DIEM


"Carpe Diem" quer dizer "colha o dia". Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente. ( Rubem Alves)

Essa regra de vida pode ser encontrada em "Odes" (I, 11.8) do poeta romano Horácio (65 - 8 AC), onde se lê: Carpe diem quam minimum credula postero
(colha o dia, confia o mínimo no amanhã)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ISTO É LIBERDADE


"Isto é liberdade: sentir o que seu coração deseja,
independente da opinião dos outros."

Paulo Coelho

domingo, 16 de maio de 2010

POEMA DO AMIGO APRENDIZ


Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

SEJA VOCÊ MESMO


Letícia Thompson
Quando nos recusamos a passar quem realmente somos
para os outros,
é a nossa imagem que eles passam a conhecer e
até a amar ou não apreciar,
e não aquilo que somos verdadeiramente.
Freqüentemente as pessoas têm medo do julgamento dos outros
e elas preferem “seguir a maré” do que contradizer.
Talvez tenham medo de se revelar
por achar que não vão ser aceitas como são,
ou então para não magoar e ferir os outros,
preferem agir como se estivessem de acordo com tudo.
Dizem sim quando interiormente pensam não.
E cria-se assim uma imagem falsa e errônea de si mesmo.
Mas a vida não é um palco
e nós não somos todos atores que, depois do espetáculo,
se despedem da sua personagem.
Se fazemos isso criamos em volta de nós um mundo hipócrita.
Não digo aqui que devemos ficar jogando nossas verdades
sem nos importar com a reação das pessoas.
Nós não somos uma ilha e menos ainda o centro do mundo.
Todavia, tem momento e meio para tudo na vida.
O importante é a sinceridade.
Uma mesma coisa pode ser dita de diferentes maneiras
e causar diferentes impactos naquele que ouve.
É o que chamamos de eufemismo e que não faz mal a ninguém.
Uma coisa é dizer “essa cor fica horrível em você”
e outra “eu acho que aquela ficaria bem melhor em você.”
Se não concordamos com uma idéia ou uma pessoa,
há maneiras de expor o que pensamos
sem sermos desagradáveis.
Nós somos o que somos e pensamos o que pensamos.
As pessoas que nos amam devem nos amar por aquilo que somos
e não pelo que aparentamos ser.
Elas nos aceitarão apesar de nossas falhas
se perceberem que somos sinceros e
se nos amarem verdadeiramente.
Qualquer que seja a situação, seja você mesmo.
Sincero, límpido, transparente.
Talvez você não seja o ideal para todo mundo,
mas você saberá que aqueles que te amam,
amam profundamente e de todo o coração.
Os verdadeiros amigos não devem estar obrigatoriamente
o tempo todo de acordo, mas devem
aprender a respeitar e aceitar a diferença do outro,
porque são justamente as diferenças
que nos enriquecem.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

SONHAR


"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho.
Quando se sonha junto é o começo da realidade".

(D. Quixote / Miguel Cervantes)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

AH! SE EU PUDESSE ...


Ah! Se eu pudesse retornar no tempo! Conquistaria menos poder e teria mais poder de conquistar. Beberia algumas doses de irresponsabilidade, me colocaria menos como aparelho de resolver problemas e me permitiria relaxar, pensar no abstrato, refletir sobre os mistérios que me cercam. Cuidaria mais de mim e da minha saúde.

Se eu pudesse retornar no tempo, procuraria meus antigos amigos do tempo de escola. Onde estão? Eu os procuraria e reviveria as experiências singelas colhidas no jardim da simplicidade onde não havia as ervas daninhas do status nem a sedução do poder.

Se eu pudesse retornar no tempo daria mais telefonemas. Amaria sem me boicotar. Procuraria ser mais intenso. Seria mais bem humorado e menos pragmático, menos lógico e mais romântico ainda. Escreveria poesias tolas de amor. Romperia o cárcere da rotina. Diria mais vezes ‘eu te amo!’. Seria menos ciumento, menos egoísta. Reconheceria sem medo: ‘Perdoe-me! Não desista de mim’.

Ah, se eu pudesse retornar nas asas tempo! Teria mais paciência, brincaria muito mais. Sairia na chuva, andaria descalço na terra, subiria em árvores. Seria mais livre no presente e menos escravo do futuro. Trabalharia menos para lhe dar o mundo e me esforçaria muito mais para lhe dar o meu mundo.

Se eu pudesse retornar no tempo, daria toda a minha inteligência para ter mais um dia, e faria desse dia momentos eternos."

Augusto Cury - O vendendor de sonhos

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O TEMPO TEM PODERES




Com o tempo, a gente se acostuma
às ausências mais doídas.
Com o tempo, a gente se acostuma
com tudo nessa vida.
Quem é importante,
mesmo estando distante,
continua sendo amado.
O tempo tem esse poder
de fazer parecer
que aqueles que amamos
ainda estão, como antes, ao nosso lado.
Acaba o sofrimento,
o coração se aquieta
e a saudade só em alguns momentos
nos atinge como uma flecha.
Mas o tempo, também,
pode ser ingrato e cruel,
pode ir apagando da nossa mente
os rostos que achar conveniente.
Assim, se você ama alguém, realmente,
mesmo estando distante,
sempre se faça presente.
Entenda que quando um rosto
se apaga da nossa imaginação
acaba se apagando também
dentro do nosso coração.
Silvana Duboc

domingo, 9 de maio de 2010

MÃE, OBRIGADA ...


Quero homenagear, não só a minha mãe, mas todas as demais: as que geraram seus filhos no ventre, ou no coração, mas também as mulheres que são mães por excelência - estas também receberam de Deus o dom de ser MÃES: Marias, Anas,Rosas, Reginas, Helenas, Angelas, Beneditas, Margaridas, Zélias, Julianas, Flávias, Fernandas, Déboras ...


Mãe, obrigada ...
... pelo teu ventre que me abrigou e gerou em mim a vida,
... pelas noites de sono, lágrimas derramadas, lutas do dia a dia,
... pelo calor que me aqueceu/aquece nas horas frias,
... pelas mãos singelas que aliviam a minha dor,
... pelo teu sorriso que acalma a minha angústia, ansiedade, inseguranças,
... pelas infinitas vezes que você renunciou sua vida, seus desejos, vontades e necessidades para me servir,
... pelo teu olhar profundo e sincero que me leva a Deus,
... pela tua presença amiga que me faz acreditar no amor,
... pelo teu abraço,
... pelo teu coração que sempre acolhe e perdoa.
(AD)

sábado, 8 de maio de 2010

SINTA!


Paulo Roberto Gaefke

Sinta!
A brisa da tarde convida, é uma festa da vida,
que insiste em se revestir de cores, flores,
mesmo para quem sofre, por amor, todas as dores.
Da desilusão, do arrependimento pelo que não foi,
mas poderia ter sido,
pelo que deixou de se cumprir,
pelo que acabou antes de existir.

Sinta!
O cheiro da noite chegando,
é o resto do calor da tarde,
que se prolonga até a lua chegar,
vem como presente anunciar:
sempre é tempo de amar!

Sinta!
A madrugada que entra pela janela,
não é a amiga da solidão, uma quimera,
nem a culpada pela insônia, quem dera...
É a "Senhora do amor",
que convida, seja quem for,
para viver a plenitude da sensibilidade,
sem se importar com o corpo ou com a idade.
Pois a vida, formada pelas horas, é convite,
é plenitude e ponte para a felicidade.

Sinta!
Sou eu, que na noite inspirada,
segue nesta caminhada,
que acaba em missão:
levar até você, o meu coração.

Sinta-se!
Deixe-se revelar na serenidade do tempo,
você é mais do que chama acesa,
é o próprio amor em forma de tocha,
é mão que ampara, é a minha rocha.
Em você, quero fixar a minha morada,
mais do que amantes, alma enamorada.
Mais do que o tempo, quero ser sentimento,
força que não se apaga, mais do que saudade,
o amor que se perpetua, a própria eternidade.

Sinta meu amor assim,
e nunca mais fuja de mim.
Apenas, sinta!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

AMOR DE MÃE


"O amor de mãe por seu filho é diferente

de qualquer outra coisa no mundo.

Ele não obedece lei ou piedade,

ele ousa todas as coisas e extermina sem

remorso tudo o que ficar em seu caminho."


Agatha Christie

terça-feira, 4 de maio de 2010

É TEMPO DE PAZ


Maria Nogueira, fsp

O que é o tempo, senão uma sucessão de acontecimentos,
momentos promissores para se pensar em construir a paz
entre povos e nações?

Mas, para que as sementes de paz germinem em toda a Terra,
é necessário encontrar semeadores de boa vontade,
terreno cultivável onde a justiça se desenvolva
num clima que favoreça o equitativo crescimento de todos.

Portanto, é urgente se pensar na humanização dos povos e
nações, no respeito às diversidade étnicas, costumes e crenças.
No estabelecimento de uma nova ordem mundial,
fundamentada na compreensão e valorização dos seres humanos.

Como falar de paz quando se vive num mundo
que promove a guerra, que mutila e mata,
que gera ódio e vinganças, que cria massa de gente faminta,
de pobres esfarrapados, crianças assustadas, pessoas tristes,
sem perspectiva de um futuro melhor?

Neste panorama quase sem esperança,
sente-se, porém, que um novo mundo está surgindo.
E como aurora de paz renasce a solidariedade
e a partilha do amor entre os diferentes povos.

É a paz que nasce dos escombros da guerra!
É o novo tempo de construir o que foi destruído!
É o convite para todos se unirem num mutirão de paz!

Vamos dar as mãos para ajudar aqueles
que engrandecem a existência humana,
oferendo a nossa colaboração na tarefa de promover
tantas vidas que o egoísmo e a ambição mutilaram.

Sejamos artífices da paz, na luta para engrandecer
a dignidade humana de quem foi excluído
pelo desamor e pela injustiça.

É tempo de sermos semeadores(as) de paz!
É tempo de convivermos em paz!

O TEMPO DE CADA UM


Agna Farias

“Apressa-te lentamente”
(Ítalo Calvino)


É muito comum escutarmos quando estamos atravessando momentos difíceis, pessoas nos dizendo: "Calma, deixe o tempo passar", ou "Com o tempo tudo se resolve". Também nos dizem que fomos precipitados, imaturos, impacientes, que não demos "tempo ao tempo" ou que estamos esperando tempo demais para resolvermos algo. Mas de que tempo falam?

Existem dois tipos de tempo: o cronológico, que é igual para todos, e o interno, que é subjetivo, singular.

Maria Rita Kehl, em “O tempo e o cão”, nos diz como o depressivo lida com o tempo:
“... o depressivo foi arrancado de sua temporalidade singular; daí sua lentidão, tão incompreensível e irritante para os que convivem com ele...”.

Dependendo do caso (entre outros, como o do depressivo citado pela Khel), se faz necessária uma intervenção profissional, mas na maioria das vezes as pessoas precisam apenas de um tempo de recolhimento, necessário para reorganizar suas emoções e recobrar a sua força.

Nada pior para alguém que está em estado de lentidão do que uma pessoa lhe apressando, lhe dizendo sobre a necessidade de tomar uma decisão ou de reagir com mais rapidez ao que lhe está acontecendo – isso é uma violência ao seu tempo interno. Obviamente não faço aqui uma apologia à inércia ou ao masoquismo, apenas chamo a atenção para o tempo que cada um necessita para tomar suas próprias decisões e colocá-las em prática.

Da mesma forma, cada um sabe quanto tempo suporta viver determinada situação. Penso ser leviandade dizermos a alguém que ele poderia ter suportado um sofrimento por mais tempo, que provavelmente o problema poderia ter um desfecho mais favorável caso fosse suportado com a ajuda do tempo. Não! Cada um tem seu próprio momento de desenvolvimento emocional e se faz necessário que isto seja respeitado.

Outra nuance: muitas vezes não há absolutamente nada que possamos fazer, precisamos esperar que outra pessoa tome uma atitude que poderá mudar nossas vidas, como no caso de uma admissão em um emprego ou aquele que amamos decidir se ficará ao nosso lado ou não. Muita calma nesse momento.

Em primeiro lugar, o outro, assim como nós, tem seu próprio tempo para tomar suas decisões, não temos o direito de apressá-lo.

Em segundo lugar, não precisamos ficar de braços cruzados enquanto outra pessoa pensa o que fazer ou não conosco. Podemos – e devemos - cuidar das nossas vidas. Esperar por uma decisão que não depende de nós não significa ficarmos inertes, impassíveis. A propósito dos exemplos acima, procurar alternativas de trabalho ou não permitir que um sofrimento nos perturbe além do necessário é possível. Aliás, através destes movimentos poderemos até descobrir um emprego melhor do que o a princípio almejado ou perceber que não “amávamos” tanto assim... Mas tudo em perfeita harmonia com o tempo de cada um.

domingo, 2 de maio de 2010

SER MÃE


© Letícia Thompson

Ser mãe dói.

Dói quando o filho nasce e ela se pergunta como vai saber educar. Dói quando, tendo o futuro todo pela frente, ela se sente perdida, como se o mundo não tivesse continuação. Dói quando filho chora de noite e ela não sabe bem como acalmá-lo. Ela aprende, então, a interpretar cada choro pra entender seu bebê.
Ser mãe dói quando filho fica doente e ela quer trocar de lugar com ele e não pode. Dói quando ela não sabe o que fazer.
Ser mãe dói quando filho não quer começar a escola e ela precisa fazer um esforço sobrenatural para não chorar e deixá-lo começar a vida de gente grande. Ela chora escondido depois. Mas dói também, quando, deixando o filho na escola, ele dá um sorriso e diz adeus. Dói sentir que ele desprega-se, solta-se, torna-se independente. Como dói!!!
Ser mãe dói quando filho tem problemas na escola e ela precisa ouvir com naturalidade as queixas. Dói a adolescência, as questões existenciais.

Deve doer demais ver um filho indo para a guerra. Deve doer imensamente ver filho seguindo caminhos diferentes dos que julgamos corretos. Mãe que vê filho sofrendo, sofre dobrado.

Ser mãe é uma missão que dói a vida inteira.
Ser mãe é ter a dádiva do dar. Ela planta e sabe que não é pra ela.

Jesus também teve mãe. E deve ter doído nela mais que em qualquer outra mulher do mundo.

Uma mãe é uma ponte entre o céu e a terra. É o ser escolhido por Deus, certamente o mais bendito de toda a criação, para que a terra se encha e se multiplique.

Ser mãe dói sim. Mas engrandece também. A medida da dor é também a medida da alegria de ver filho feliz.

A maternidade é a corôa de toda mulher. De espinhos... mas de flores também!

Benditas sejam todas as mães do mundo!!!