terça-feira, 30 de outubro de 2018
domingo, 21 de outubro de 2018
SEM ESPERAR NADA DE NINGUÉM, VOCÊ VIVE MELHOR
É fácil
dizer, mas é um pouco complicado fazê-lo. Quando alcançamos isso, nos livramos
de uma das maiores fontes de frustração, raiva, desapontamento … Nos tornamos
leves em nossas relações com os outros e nossas experiências e relacionamentos
se tornam mais autênticos, menos interessados, mais honestos e muito mais relaxado.
Quando não
esperamos nada de ninguém, nos deixamos surpreender, não temos expectativas, só
permitimos que os outros sejam, eles mesmos, entendendo que eles têm uma
similaridade semelhante à nossa, tentando localizar sua felicidade, alcançar
seus sonhos, lidar com seus medos e seus egos … Ninguém é salvo, todos nós
vamos por aqui projetando uma imagem, influenciando, sendo aceitos ou
rejeitados.
Se paramos
de esperar que os outros façam o que achamos ser o melhor, de acordo com nossos
critérios pessoais, o que nos dá uma conotação bastante subjetiva, nós
energeticamente acalmamos o ambiente, paramos de enviar pensamentos antecipando
eventos e reações e nos entregamos mais espaço para nos dedicarmos ao momento
presente ou algo diferente para montar cenários com as variáveis que temos.
Se achar
que é impossível ter expectativas sobre alguém, pelo menos não estamos a nos
sabotar, porque é impressionante, muitas vezes nós gastamos muito mais tempo
pensando que o outro vai se decepcionar com suas ações, pensando que vamos ser
felizes e cumprir com o que o outro faz. Pensemos, em todo caso, que o
resultado sempre será o mais favorável para nós, que nossas expectativas, se
não pudermos eliminá-las, nos tragam sorrisos e, se não ocorrerem, não nos
frustrarão.
Todos devem
ter liberdade de ação e decisão e isso inclui não coincidir com o que os outros
esperam. Se pararmos de esperar, a vida flui melhor. Somos fáceis de
decepcionar porque para todos há sempre uma maneira melhor de fazer as coisas,
mas se praticarmos nos libertando da necessidade de nos anteciparmos, teremos
experiências melhores.
Talvez seja
apenas uma percepção, mas se queremos branco e esperamos essa cor e recebemos
outra, ficamos desapontados, talvez essa outra seja ainda mais bonita, no
entanto, a decepção não nos permitirá apreciá-la. Isso acontece conosco todos
os dias e, em vez de nos agradecer pelo que recebemos, lamentamos que não tenha
sido o que esperávamos. Você quer criar sua vida como você gostaria? Comece a
aproveitar a vida como ela é, comece a se concentrar naquilo que você gosta,
comece a permitir-se e permita que aqueles ao seu redor sejam o que eles querem
ser, você verá que quanto menos você espera, mais a vida irá surpreendê-lo
porque você desejará com a alma e não com o seu ego.
(Sara
Espejo)
ALIKE - CURTA ANIMAÇÃO
“O princípio criativo é inerente ao desenvolvimento humano, é comum a todos os seres, é o fulcro da vida das pessoas.”
– Lev Vigotski, em “Imaginação e criação na infância”. [tradução Zoia Prestes]. São Paulo: Ática, 2009.
A sociedade moderna nos diz para sairmos bem na escola, trabalhar o mais duro que pudermos, e eventualmente ensinar os nossos filhos a fazerem o mesmo.
É um ciclo interminável, e que não deixa muito espaço para a criatividade. Este curta-metragem está incentivando as pessoas a olhar para as coisas de uma forma diferente, uma reflexão sobre a sociedade moderna. Máquinas humanas!
Os animadores da cidade de Madrid, Daniel Martínez Lara e Rafa Cano Méndez, “dão uma lição” de 8 minutos sobre o que acontece à sua vida quando a criatividade é afundada pela rotina diária.
ALIKE – PROGRESSION SHOT
O vídeo fala também sobre a paternidade, e a importância de deixar as crianças fazerem as suas próprias viagens. A curta, aclamada pela crítica, foi feita inteiramente com o Blender, um programa de renderização 3D de código aberto, e é dedicada “às nossas famílias, por nos ajudar a não perder a cor”.
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
TEMPO
"Com o tempo a gente aprende a colocar cada coisa em seu devido lugar, cada gesto em seu devido tempo e a nós mesmos onde devemos estar."
(Scheila A. Hinnah)
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
terça-feira, 4 de setembro de 2018
SEGREDOS
GUARDE SEUS SEGREDOS SE QUISER, MAS GUARDE MUITO BEM OS DOS
OUTROS.
Quem nunca teve a sensação de que era hora de revelar um
segredo? Num dia, inconfessável. No outro, assunto público. A gente faz isso o
tempo todo e nem se dá conta. Faz por vontade, por necessidade, por sobrevivência.
Mas a gente só tem direito de fazer com o que é nosso. Com o
que é do outro, não. O segredo alheio contado é fofoca. É malícia,
premeditação, sacanagem.
Quando alguém confessa ou conta algo íntimo que não quer
tornar público, já aí está enfrentando uma dificuldade. A primeira, confiar. A
seguinte, contar. E daí por diante, torcer para que seja guardado como
prometido.
Tão importante quanto jurar, prometer ou fazer gestos com os
dedos, é entender a importância de ter consigo uma informação que pertence a
outra pessoa. É cuidar de um bebê. É responsabilidade, carinho, proteção.
Não importa qual é o segredo. Desde que não prejudique ou
ofenda ninguém, é para ser guardado, até que venha a decisão de não ser mais
segredo, tomada por quem lhe contou.
Tenho experiências incríveis, de segredos contados e
esquecidos. Anos depois, quem os guardou os trouxe de volta para mim. Esses,
não sobreviveram à minha própria história, morreram com o tempo. Mas que
alegria saber que alguém os guardou com respeito. E, com respeito e gratidão,
foi liberado de guardar como segredo.
É vital poder partilhar segredos. Guardá-los somente para si
pode ser um peso muito grande. Se forem sofridos, tornam-se ainda mais,
alimentados pela mesma consciência que os guarda e julga.
Aprendi isso em uma ocasião muito difícil da vida. Certa vez,
fiz uma escolha muito perigosa, e, apesar de não ser segredo para ninguém, por
muito tempo me debati entre o que deveria e o que queria fazer. Até que, como
resposta da vida, me veio uma agressão física.
Em primeiro momento, decidi manter segredo. Segredo comigo.
Ainda que confiasse em muita gente, temia ouvir a famosa frase: – Eu te avisei.
Esse segredo se tornou tão sufocante que, sem coragem de
contar a uma só pessoa, um belo dia o contei a todos, tornando pública uma
vergonha que já não cabia mais em mim.
Por isso, insisto: Guarde seus segredos se quiser, mas guarde
muito bem os dos outros. Você nunca será capaz de avaliar o quanto isso poderá
ajudar alguém.
(Emilia Freire)
sábado, 1 de setembro de 2018
DELICADEZA
"Eu gosto de delicadeza. Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia
e até no que não é dito com palavras, mas fica no ar..."
(Manuel Bandeira)
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
O AMOR NÃO MORRE...
O amor não
morre. Ele se cansa muitas vezes. Ele se refugia em algum recanto da alma
tentando se esconder do tédio que mata os relacionamentos. Não é preciso
confundir fadiga com desamor.
O amor ama.
Quem ama, ama sempre. O que desaparece é a musicalidade do sentimento. A causa?
O cotidiano, o fazer as mesmas coisas, o fato de não haver mais mistérios, de
não haver mais como surpreender o outro. São as mesmices: mesmos carinhos,
mesmas palavras, mesmas horas…
O outro já
sabe! Falta magia. Falta o inesperado. O fato de não se ter mais nada a
conquistar mostra o fim do caminho. Nada mais a fazer. Muitas pessoas se
acomodam e tentam se concentrar em outras coisas, atividades que muitas vezes
não têm nada a ver com relacionamentos.
Outras
procuram aventuras. Elas querem, a todo custo, se redescobrir vivas; querem
reencontrar o que julgam perdido: o prazer da paixão, o susto do coração
batendo apressado diante de alguém, o sono perdido em sonhos intermináveis e
desejos infindos.
Não é
possível uma vida sem amor. Ou com amor adormecido. Se você ama alguém,
desperte o amor que dorme! Vez ou outra, faça algo extraordinário. Faça
loucuras, compre flores, ofereça um jantar, ponha um novo perfume…
Não permita
que o amor durma enquanto você está acordado sem saber o que fazer da vida.
Reconquiste! Acredite: reconquistar é uma tarefa muito mais árdua do que
conquistar, pois vai exigir um esforço muito maior. Mas… sabe de uma coisa?
Vale a
pena! Vale muito a pena!
PEDRO BIAL
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
QUANDO ME AMEI DE VERDADE….
(SABER VIVER – POR CHARLES CHAPLIN)
Quando me
amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar
certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar.
Hoje sei
que isso tem nome… AUTOESTIMA.
Quando me
amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional,
não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei
que isso é…AUTENTICIDADE.
Quando me
amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a
ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo
isso de… AMADURECIMENTO.
Quando me
amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma
situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que
não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei
que o nome disso é… RESPEITO.
Quando me
amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas,
tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha
razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei
que se chama… AMOR PRÓPRIO.
Quando me
amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes
planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje, faço o que acho
certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei
que isso é… SIMPLICIDADE.
Quando me
amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas
menos vezes.
Hoje
descobri a… HUMILDADE.
Quando me
amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o
futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo
um dia de cada vez. Isso é… PLENITUDE.
Quando me
amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa
aliada.
Tudo isso
é… SABER VIVER!”
quarta-feira, 27 de junho de 2018
VOU CHEGAR
"Minhas asas foram crescendo aos poucos...
Já tive muito medo de alguns voos,
já caí muitas vezes por não saber usá-las.
Liberdade é conquista feita aos poucos,
porque assusta.
Mas o céu é o limite pra quem enfrenta seus medos.
O que sei é que, desde pequena,
sabia que meu destino era mesmo voar.
Hoje ainda não cheguei onde queria,
mas tenho certeza
- ah, como tenho! -,
vou chegar."
(Rachel Carvalho)
quinta-feira, 8 de março de 2018
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
POR UM MUNDO COM MENOS “ESTOU COM SAUDADES” E MAIS “ESTOU INDO TE BUSCAR”
Atitude é
tudo. Decore isso. Anote na geladeira, na parede, na testa, mas não esqueça! É
possível esquecer as palavras, mas você jamais esquecerá a forma como as
pessoas te fizeram sentir.
Sou
suspeita dizer, porque amo palavras. Fiz Letras, escrevo todos os dias e leio
como quem toma café, mas confesso que entre dizer que sente falta e ir se fazer
presente, há uma grande diferença.
As palavras
quando bem escolhidas encantam, envolvem, mas não trazem compromisso. Palavras,
como diz o poeta, o vento leva. Atitudes não. Atitudes provam, consertam,
destroem, unem e separam as pessoas. São, ao mesmo tempo, dor e cura e nada,
nem o tempo, pode apagá-las.
Não adianta
dizer que ama e não apresentar para família. Não adianta sentir saudades e não
mover um passo em direção da pessoa. Não adianta querer casar e não se
programar para isso. Atitudes mudam histórias, palavras não.
Sabe aquela
história de “quem quer dar um jeito e faz acontecer”? Então, quando o assunto é
relacionamento, é verdade. Para quem, realmente, se importa a distância é um
pequeno detalhe, o Everest é apenas um morrinho e os alagamentos da cidade
servem para colocar a natação em dia.
Quem quer
não adia encontro. Aparece sem avisar, coloca o nome na prioridade da agenda.
Quem quer não deixa ir, não dá valor depois que perde e valoriza os momentos.
Quem ama não diz “não estou pronto”, “marcamos qualquer dia” ou “se for para
ser, será”.
Quem ama
faz o dia virar noite, o acaso virar objetivo e os dias da semana virarem
sábados. Quem quer não se importa com passado, com traumas e medos. Recomeça do
zero e tenta tudo de novo.
Vivemos uma
época em que a exposição dos relacionamentos conta mais do que o sentimento.
Nunca se sentiu tanta necessidade de expor o amor vivido. Fotos, hashtags e
declarações criativas criam a ilusão do amor perfeito, mas não comprovam isso
com atitudes.
A verdade é
que pouco importa se você viajou, se tem tirado mais fotos que uma modelo de
capa da VOGUE ou tem um relacionamento digno de Shakespeare. O que importa é
quantas vezes você demonstrou isso ao seu parceiro. Quantas planos já fizeram e
quantos finais de semana vocês passaram juntos.
O resto são
superficialidades que a sociedade prega para justificar a futilidade em que
vivem.
Amar não
precisa de flahs, de textões e de exposições. Amor precisa de atitudes de gente
disposta a fazer dar certo e só. Pouco importam as palavras se as atitudes não
as acompanham.
Por Pamela Camocard
QUEM FOI QUE DISSE QUE BEIJAR NA BOCA É DECLARAÇÃO DE AMOR?
Na vida, a
gente só sabe que ama alguém, a gente só tem o direito de dizer a alguém que a
amamos depois de ter dito infinitas vezes a esse mesmo alguém a frase: eu
perdoo você.
Porque na
verdade a gente só sabe que ama, depois de ter tido a necessidade de perdoar.
Antes do perdão a gente pode ter admiração por alguém, mas admirar alguém ainda
não é amar, porque admiração não nos leva a dar a vida pelo outro.
Admiração é
um sentimento, uma situação superficial, eu admiro aquela pessoa, mas eu sei
que amo depois de ter olhado nos olhos, saber que errou, que não fez nada certo
e ainda sim eu continuar dizendo que “eu não sei viver sem você”, “apesar de
ter errado tanto continuas sendo tão especial para mim”.
A gente
sabe que ama as pessoas assim, depois de ter feito o exercício de olhar nos
olhos no momento que ela não merece ser olhada e descobrir ainda ali uma
chance, ainda não acabou.
Coisa boa
na vida é a gente encontrar gente que nos trate assim com esse nível de
verdade, gente que nos conhece de verdade, que já foi capaz de conhecer todas
as nossas qualidades, mas também todos os nossos defeitos, porque eu não sou só
qualidades, eu tenho um monte de defeitos, e só me sinto amado no dia que o
outro sabe dos meus defeitos e mesmo assim continua acreditando em mim, muitas
vezes nosso amor não é assim, a gente ama o outro pelo que ele faz de certo ou
de bom pra nós, e as vezes até elegemos o outro assim “ele é bom demais pra
mim”.
E o dia que
deixa de ser? Deixou de ser amigo? No dia que falhou, que errou, que esqueceu,
no dia que não conseguiu acertar, continua tendo valor pra você? Ou você só ama
aqueles que conseguem lhe fazer o bem? Jesus disse que não tinha mérito nenhum
em amar aqueles que nos amam, que o mérito está em amar o outro mesmo quando
ele não merece ser amado, eu sei que é um desafio, mas essa é tua religião.
Eu creio
que não há descanso maior para o nosso coração do que encontrar alguém que nos
ama assim, e eu gostaria que você levasse pra sua vida somente as pessoas que
te amam assim, com essa capacidade de olhar nos teus olhos quando você não
consegue fazer nada de certo, e mesmo assim continua sendo teu amigo e continua
acreditando em você.
Deixe
entrar na sua vida, somente as pessoas que querem te fazer melhor, porque gente
que nos diminui nós já estamos cheios.
Amigos de
verdade são aqueles que nos desafiam, são aqueles que nos momentos que estamos
na lama, nos olham nos olham e dizem ‘você não foi feito pra isso’. Amigo de
verdade é aquele que olha nos olhos e nos coloca para sermos mais.
Namorado de
verdade é aquele que olha nos teus olhos e te respeita como mulher, que te acha
linda, mas que te respeita como mulher porque sabe que tu és um coração que
muito mais do que necessitado de ser abraçado e de ser tocado, é um coração que
merece ser amado, e o amor vem antes do toque.
Quem foi
que disse que beijar na boca é declaração de amor? Pode até ser uma das
demonstrações, mas eu tenho certeza que seu coração se sente muito mais amado
no momento que você é olhado de um jeito certo, do que beijado de qualquer
jeito!
Antes de
você entrar na vida de uma menina, olhe bem nos olhos dela e tente fazer com
que ela descubra que você ama só olhando pra ela, olhe de um jeito que ela se
sinta amada, e se você olhar do jeito certo, você não precisa ter ciúme, porque
a mulher que for olhada de um jeito certo, nunca mais vai querer encontrar
outro olhar. O homem que for olhado de um jeito certo, nunca mais vai querer
outro olhar.
Você ainda
pode mudar o seu jeito de amar, você ainda pode mudar o seu jeito de viver,
você ainda pode mudar o seu jeito de sorrir, você ainda pode perdoar aquele que
você não quer perdoar, você ainda pode tratar bem aquele que você desprezou
tanto, porque a vida ainda te dar a oportunidade de você se tornar muito melhor
do que você é.
(Pe. Fábio de Melo)
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
DEIXA A GENTE!
A gente não
pode se sentir sensual demais. É inadequado.
A gente não
pode se vestir de qualquer jeito, ficar sem maquiagem numa festa, nem ser tão
provocante ou tão recatada.
A gente não
pode ficar se admirando no espelho. É narcisista.
Se a gente
se arruma, é pros outros. Não é porque simplesmente a gente quer se ver bonita.
Se a gente
ri além da conta, chama muita atenção. Não pega bem.
Se a gente
bebe mais que um homem, não é mulher pra levar a sério.
Se a gente
gosta de funk e rebola até o chão (principalmente depois de beber muito), não é
pra casar.
Se a gente
gosta muito de sexo, não é confiável.
Se a gente
não gosta tanto de sexo, está dando motivo pro cara arrumar outra na rua.
Se a gente
tem filho e o cara some, a gente é irresponsável por não tomar remédio.
Se a gente
não quer filho, a gente é egoísta.
Se a gente
não casa é porque tá fazendo algo errado.
Se a gente
casa jovem demais tá perdendo a chance de aproveitar a vida de solteira.
Se a gente
casa velha demais, tem que ouvir piadinhas sem fim de todos os familiares e
amigos.
Se a gente
namora um homem mais novo, o cara é interesseiro ou imaturo demais.
Se a gente
arruma um coroa, a gente é interesseira.
Se a gente
engorda, é porque preguiçosa. Se tá magra demais é porque tá doente ou
neurótica.
Se a gente
para de alisar o cabelo é só porque tá na moda.
Se a gente
continua alisando, a gente não se aceita como a gente é.
E, como se
não bastasse, se a gente reclama da desigualdade de gênero ou não sustenta
piadinhas machistas babacas, a gente é feminazi.
Quando a
gente nasce mulher, é difícil saber o que parece adequado e o que poupa
comentários. Porque não existe um caminho que isente a gente disso.
Qualquer
escolha que a gente faça, causa barulho e abre espaços para inúmeras opiniões
não solicitadas.
A gente
menstrua, sofre estupro e abuso sexual o tempo todo, tem filhos, tira quase
todos os pelos do corpo, faz lipo porque a gente é ensinada a ter problemas com
o corpo... A gente dá vida às pessoas que nascem no mundo e a gente não
consegue dar uma vida decente pra gente.
A vida que
a gente gostaria, um dia sem maquiagem, uma semana comendo sorvete com brownie,
uma noite enchendo a cara com as amigas, todos os dias da vida sem poupar os
homens de verdades que a gente guarda.
A gente
finge que é livre, mas deixa de sair porque tem que deixar janta pronta pro
marido.
A gente se
obriga, a gente apanha, a gente se cansa, a gente não se ama o suficiente, a
gente morre. Um pouco todos os dias.
Num aborto
clandestino, numa saia curta, numa briga de boate, numa esquina vendendo o
próprio corpo, num copo de cerveja com boa noite cinderela, numa risada mais
alta que deu a entender algo que não era, numa traição, numa cirurgia pra
consertar o bico do peito que é diferente do outro.
A gente morre
aos poucos. E vai continuar morrendo se a gente não se salvar, se a gente não
se abraçar, se a gente não tiver simpatia por quem é como a gente.
Não é pra
ser mulher contra homem. É pra ser todo mundo pela mulher.
A gente tá
sangrando e se ninguém estancar o sangue, a gente pode não resistir.
A gente
precisa pegar as gases, os esparadrapos, o que tiver de útil pra dividir. E
cada uma poder cobrir aos poucos o pedaço da ferida. Mas cobrir de um jeito que
não sangre mais. Não dá mais pra fingir que curou. Tem que curar de verdade,
cicatrizar e não voltar. Nunca mais.
A gente
pode pensar em ser feliz. Não tá errado. A gente tem opinião, a gente tem
desejo, a gente ama, a gente erra. A gente sabe. Ah, a gente sempre sabe. E
sente. E se arrasta. Mas a gente quer viver. A gente não quer atenção, a gente
só quer paz.
A gente
quer ser mulher. A gente quer SER.
Deixa a
gente!
(Clarissa
Lima)
NÓS NEM SEMPRE FICAMOS COM OS AMORES DE NOSSAS VIDAS (E ISSO É NORMAL)
Eu acredito
em grande amor.
Mas falo e
namoro como se não acreditasse.
Eu não
tenho expectativas fúteis para romance. Eu não estou busco flutuar. Eu sou um
daqueles indivíduos raros, talvez um pouco cansados que realmente gosta de
cultura de conexão e é feliz por viver em uma época em que a monogamia não é
necessariamente a norma.
Mas eu
acredito em grande amor, porque já tive um.
Eu tive
esse amor que tudo consome. O amor do tipo “eu não posso acreditar que isso
existe no mundo físico.”
O tipo de
amor que irrompe em um incêndio incontrolável e então se torna brasa que queima
em silêncio, confortavelmente, durante anos. O tipo de amor que escreve
romances e sinfonias. O tipo de amor que ensina mais do que você pensou que
poderia aprender, e dá de volta infinitamente mais do que recebe.
É amor do
tipo “amor de sua vida”.
E acredito
que funciona assim:
Se você
tiver sorte, conhecerá o amor de sua vida. Você estará com ele, aprenderá com
ele, dará tudo de si mesmo a ele e permitirá que a sua influência te mude em
medidas insondáveis. É uma experiência como nenhuma.
Mas aqui
está o que os contos de fadas não vão te dizer – às vezes encontramos os amores
de nossas vidas, mas não conseguimos mantê-los.
Nós não
chegamos a nos casar com eles, nem passar anos ao lado deles, nem seguraremos
suas mãos em seus leitos de morte depois de uma vida bem vivida juntos.
Nós nem
sempre conseguimos ficar com os amores de nossas vidas, porque no mundo real, o
amor não conquista tudo. Ele não resolve as diferenças irreparáveis, não
triunfa sobre a doença, ele não preenche fendas religiosas e nem nos salva de
nós mesmos quando estamos perdidos.
Nós nem
sempre chegamos a ficar com os amores de nossas vidas, porque, às vezes, o amor
não é tudo o que existe. Às vezes, você quer uma casa em um pequeno país com
três filhos e ele quer uma carreira movimentada na cidade. Às vezes, você tem
um mundo inteiro para explorar e tem medo de se aventurar fora de seu quintal.
Às vezes, você tem sonhos maiores do que os do outro.
Às vezes, a
maior atitude de amor que você pode possivelmente tomar é deixar o outro ir.
Outras vezes, você não tem escolha.
Mas aqui
está outra coisa que não vão te falar sobre encontrar o amor da sua vida: não
terminar com ele não desqualifica o seu significado.
Algumas
pessoas podem te amar mais em um ano do que outras poderiam te amar em
cinquenta anos. Algumas pessoas podem ensinar-lhe mais em um único dia do que
outras durante toda a sua vida.
Algumas
pessoas entram em nossas vidas apenas por um determinado período de tempo, mas
causam um impacto que mais ninguém pode igualar ou substituir.
E quem
somos nós para chamar essas pessoas de algo que não seja “amores de nossas
vidas”?
Quem somos
nós para minimizar a sua importância, para reescrever suas memórias, para
alterar as formas em que nos mudaram para melhor, simplesmente porque nossos
caminhos divergiram? Quem somos nós para decidir que precisamos
desesperadamente substituí-los – encontrar um amor maior, melhor, mais forte,
mais apaixonado que pode durar por toda a vida?
Talvez nós
apenas deveríamos ser gratos por encontrarmos essas pessoas em tudo.
Por termos
chegado a amá-las. Por termos aprendido com elas. Por nossas vidas terem
expandido e florescido como resultado de tê-las conhecido.
Encontrar e
deixar o amor de sua vida não tem que ser a tragédia de sua vida.
Deixá-lo
pode ser a sua maior bênção.
Afinal,
algumas pessoas nunca chegam a encontrá-lo.
Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: Thought Catalog
Assinar:
Postagens (Atom)