domingo, 18 de julho de 2010

AMIGOS, AMIGOS, AMIGOS...

"Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho”.

A quem esta citação se refere? À figura do AMIGO, é claro!
Em Julho, precisamente no dia 20, festejamos o Dia do Amigo.

E quem é o amigo, a amiga? Você já parou para pensar quem é ele/ela? No que representa “na” e “para” a sua vida? Seria interessante você refletir. Você passa sem o/a amigo/a? Eu não.

O ser humano por natureza não é um segregário, não foi criado para viver recluso, na solidão. Não que isso não aconteça, mas são casos em circunstâncias especiais e remotas. Mas mesmo assim, há a figura do “amigo imaginário”. Nada saudável ao longo da vida adulta, mas existe. Exclui-se desse processo a primeira infância, onde as crianças o possuem... muito natural.

O verdadeiro amigo, às vezes, nem percebemos, percorre a vida lado a lado com a gente, e mal o reconhecemos. Deixamo-nos levar em diversas ocasiões pelo brilho, pela falação, pela aparência de pessoas que supostamente pensamos amigos e... nos frustramos. Quantos de nós não passou por isso? Enganos, decepções. Então... aquele a quem sequer demos o devido valor, atenção, esteve ali, bem ali perto da gente, silencioso, esperando um olhar, um gesto para vivenciar a plenitude da amizade.

No percurso de nossa existência colecionamos amigos, não muitos, mas uma boa plêiade. Na diversidade de personalidades, visto que cada amigo carrega potencialidades diversas, crescemos, agregamos conhecimentos, partilhamos situações diferentes das que vivemos, comungamos interesses, tornamo-nos indispensáveis à vida do outro e caminhamos, caminhamos para a unidade.

O amigo que, nem sempre notamos, divide desde a infância o espaço da nossa casa - o nosso/a irmão/ã. Quando chegamos à maturidade, e o/a sentimos amigo/a, que felicidade! Tivemos ao lado dele tanto tempo, discutimos muito, planejamos e planejamos e descobrimos o quanto as nossas vidas foram permeadas de histórias e momentos felizes. E o importante é quando a descoberta é recíproca: caminhamos como amigos vida afora. Assim foi comigo.

E o/a amigo/a do peito, do coração? Ah, este/a é aquele/a que está para o que der e vier, que o/a tornamos irmãos/ãs, que adivinha os nossos pensamentos, que quando precisamos nos dá um puxão de orelhas, que torna-se cúmplice e confidente. É maravilhoso ter alguém assim ao nosso lado.

Assinalo aqui também o/a amigo/a ausente, ausente pela distância, mas tão amado/a e querido/a como se perto estivesse. A lembrança de momentos juntos, de caminhos trilhados com afeto e singeleza, ou mesmo desencontros momentâneos, nos fazem “trazer de volta”, pelo coração, a imagem dele ou dela e sentimos realmente a sua presença. Aí lembramo-nos do Milton Nascimento: “Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam não”. E quando a saudade bater, um e-mail e/ou um telefonema diminuem a distância.

Trago também à lembrança o/a amigo/a que perdemos no tempo, que pelas circunstâncias da vida foi embora, talvez nem para muito longe, mas nem por isso deixou de ser amigo/a, apenas o/a perdemos de vista. Marcas ficaram e, se um dia nos encontrarmos, prosseguiremos a caminhada, como se nunca tivéssemos nos afastado.

Fica aqui a minha homenagem a você, amigo/amiga. Em especial, ao meu, ao seu grande amigo:
JESUS CRISTO.
Que possamos trilhar e partilhar nossas vidas com muito amor, cheios/as da presença d’Ele, que vem até nós chamando-nos: “Amigo!”
O meu carinho e abraço a você, pelo seu sorriso, pelo seu carinho, pela sua presença constante (mesmo em pensamento, os/as distantes), pelo brilho de seu olhar, por Deus tê-lo/a colocado no meu caminho.

* Passagens onde encontramos referência ao amigo: Eclo 6,14; Sl 41,10; Mt 26,52; Lc 12,4 ; Jo 11,5-11;
Jo 15,15-16.

Nair Pimenta