Existem
pessoas que são extrovertidas e bastante transparentes, pois não conseguem
esconder o que sentem, de maneira nenhuma. A gente percebe pela expressão do
rosto delas quando estão bem, quando estão felizes, ou quando estão tristes e
chateadas. Algumas delas, inclusive, abrem-se e contam como se sentem a quem
estiver por perto, pois sentem necessidade de compartilhar o que possuem dentro
de si. Isso, porém, nem sempre é bom.
Colocar
para fora o que engasga pode ser muito benéfico, uma vez que, à medida que
expomos o que incomoda, é como se dividíssemos o peso, que sai um pouco de
nossas costas. Além disso, o ouvinte enxerga aquilo tudo de fora, sendo capaz
de analisar racionalmente, acalmando-nos. Muitas vezes, ao verbalizar nossos
sentimentos, eles podem se tornar menos pesados, menos densos, à medida que vão
saindo um pouco de dentro de nós.
Por outro
lado, pode haver quem nunca fará bom uso do que souber a respeito de alguém.
Algumas pessoas são incapazes de guardar segredo e, pior ainda, deturpam o que
sabem e transmitem aquilo de uma forma negativa e descontextualizada, para
simplesmente sujar a imagem do outro. Jamais teremos certeza absoluta sobre
todo mundo, sobre as reais intenções de quem se aproxima de nós, pois é preciso
muito tempo para conhecer minimamente alguém.
Alguns
indivíduos perguntam sobre nossa com o mero intuito de obter munição a ser
usada de forma distorcida e cruel. Da mesma forma, há quem não queira nem
pensar em ajudar, apenas tem curiosidade, apenas é enxerido e vive se metendo
onde não é chamado. O mundo anda por demais superficial e materialista,
portanto, nossos sentimentos devem ser preservados e não expostos a qualquer
um.
Temos,
portanto, que tomar muito cuidado com nossos sentimentos, pois eles são
preciosos, são tesouros, que não merecem ser violados pela maldade e pela
falsidade de quem não sabe fazer nada mais do que destruir tudo o que toca. E
tem muita gente torcendo contra nossas conquistas. Não conte às pessoas mais do
que elas precisam saber. Na verdade, a maioria delas não tem que saber nada
sobre nós.
Por Marcel Camargo