segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

VERSOS CONFUSOS DA ALMA

Paulo Roberto Gaefke

Sou o fruto do tempo e vivo em eterno conflito,
entre o que a minha alma deseja e o que a vida pode me dar.
O que eu quero é sempre conquistado com muita luta e perseverança,
nada me cai do céu, nem vem de graça pelo vento;
trabalho muito e tenho determinação,
choro e lágrimas se misturam com a alegria da conquista.
Muitas vezes, a esperança quer fugir, me abandonar,
mas a minha certeza a traz de volta.

Sou o fruto maduro das paixões,
dos amores que vivi e daqueles que desejei e não pude viver.
Do amor sou escravo: é o meu oxigênio,
e se estou só é a certeza de um novo amor que me leva.
A certeza de que irei te encontrar em breve, me motiva.
O meu amor é sempre semente, que rego com carinho,
que trato com o adubo da emoção.

Sou fruto do invisível, do imponderável.
Tenho mistérios que são insondáveis,
verdades absolutas que, às vezes, se decompõem,
e um desejo de eternidade que vem da alma.

Sou parte da Centelha Divina, e Deus habita em mim.
Minha luta é ser melhor do que já fui um dia,
crescer em verdade,
amadurecer na experiência,
viver uma fé que ainda não tenho,
ter a paz que busco na passagem do tempo,
tempo que me diz sempre: é hora de amar,
e o amor, é sempre uma oportunidade, um chamado,
um recomeçar...